domingo, 14 de fevereiro de 2010

Medo

Tenho medo,

Medo de pegar caminho errado,

Medo da estrada vazia.

Medo,

Da faca no pulso que bate

E vaza incontida sangria.

Medo,

Da veia que me falta,

Do vento que te sopra

Na noite do frio que cai

Do calor do meio-dia.

Medo,

De gente que não sabe

Que memória é vasta ferida.

Medo,

Da lembrança que traz a certeza

De que não sou feliz, ainda.

Tenho medo,

De acordar no escuro...

De não pegar o trem a tempo

De que haja outra luz, uma vida.


JOÃO MEDEIROS

2 comentários:

  1. Muy linda poesía. Me gustó la metáfora "Que memória é vasta ferida"

    Felicitaciones...

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  2. Da lembrança que traz a certeza,de que não sou feliz, ainda.

    Foi no encontro com a lembrança que eu me desencontrei.

    Rolou uma fita de cinema...ainda em preto e branco e mudo em mim.

    Ai,q Medo!

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