domingo, 7 de fevereiro de 2010

Êxito em versos litúrgicos comemoram a campanha de paz. Mais uma vez os moradores são ludibriados pela fé. Cega fé. E se a dúvida é o preço da pureza, prefiro o lamaçal.
Transbordantes estribilhos a confessar para os fiéis o que a história marcou e os homens alteraram. Metáforas, concepções, interpretações e dialetos coloquiais.
Ruínas seculares que hoje estão abaixo de nossos pés. Acima de nossa imaginação.
Antigos povoados mais modernos que o contemporâneo. Por que desaparecer? Seria o homem uma praga e alguém percebera isto? Os parasitas da terra. Lidocaína transpiro, é calor e minha fronte encharca-se. Pobre homem na casa dos vinte, na casa dos pais. Deixar de se gostar para ajudar a outras pessoas é tão inútil quanto 'fazer pézinho' num buraco para que outras pessoas escalem. Enquanto você poderia escalar e, lá de cima, ceder suas mãos. Dessa forma indicaria também os melhores caminhos, obstáculos e atalhos.

Franclin Adonay

Amo tudo que odeio

Amo,
A incoerência de um rabisco gente,
O tempo que me afeta,
A risada estridente,
A acidez do limão que trava a boca,
A síndica do prédio que é louca.
Amo,
Sobretudo minha partida,
A festa da despedida,
A lágrima reduzida,
A mala que ficou perdida,
A turbulência do vôo.
Amo,
A veia que me salta,
O sangue que me jorra,
O tecido de mal gosto que me cobre,
A raiva que me sobe,
A ternura que me invade quando o alvo é revelia,
O vento que não namora, me fustiga e arrepia.
Amo,
O vício, meu ofício,
O corte no supercílio,
A saída abrupta do ovo,
A atitude corvo que em mim habita.
A língua que fere e corta salgando a saliva,
O banquete que promovo, sem comensais e comida.
Amo o que não foi dito,
Amo o arrependido,
Amo o que é renegado,o atrevido.
Amo de soslaio, por meio,
Amo até o que não amo.
Amo quando caio livre ,o abismo,
Amo o que é posto como fracasso na vida.
Amo sem medir e sem medida,
Amo o que o mundo diz maldito ,
Amo a fobia, a pressa e a preguiça.
Amo a agonia,
A angústia, o ar que falta,
O morrer por apoplexia.

MARIA MAFRA

SE ELA MORASSE NA MINHA RUA

Se ela morasse na minha rua

Haveria menos prédios e mais música

Flores passariam sorrindo

Passarinhos floririam o caminho

O luar seria sempre presente

Teria mar e carinho a cada instante

E mesmo ausente

Se ela morasse na minha rua;


Se ela morasse na minha rua

Sairia nas calçadas de pelúcia

Pularia ladrilhos verso a verso

Só para ver Elis passar,

E o céu, confesso, ficaria mais-que-lindo

Mais azul por estar cobrindo tudo isso,

Ah!... Tudo isso

Se ela morasse na minha rua!


JOÃO MEDEIROS

El amor

Hablemos sobre aquel sentimiento tan paradójico que recibe el nombre de Amor. Para algunos considerado una enfermedad; para otros un sentimiento; también algunos seres humanos lo piensan como un castigo. Tiene múltiples definiciones, depende el ser humano, sin embargo es universal. Todos lo conocemos y lo experimentamos alguna vez en la vida.

Yo creo que todo comienza por una pequeña chispa que se enciende por algún motivo: admiración, belleza, afinidad. Aunque también hay ocasiones en las que los por qué son vanos, simplemente, nos enamoramos y punto. Con el tiempo, y casi sin darnos cuenta aquel ínfimo centelleo ya es un gran incendio que consume nuestro cuerpo y alma. Necesitamos beber más y más o de lo contrario nos sentiremos vacíos.

Como escribí en uno de mis pocos poemas: vehemencia, nostalgia, yo no sé. Las palabras son insuficientes para encontrar una definición exacta que abarque la inmensa eternidad de esta sensación. Es como volar sin tener alas, reír sin darnos cuenta, es ebullición, tranquilidad, sosiego… en ocasiones una calma continua como dijo un jazzero que admiro mucho.

Son deseos de trascender, de vivir absolutamente todo creyéndonos inmortales. Es una falta de concentración constante y encantamiento, es muy fuerte y urgente. Es rápido, precipitado, acelerado, intenso, quema, arrasa, nos muele.

Sufrir y amar van de la mano como eternos compañeros. Los que amamos lo sabemos muy bien: después de aquella intensidad y delicia nos vemos sumidos en una escarcha helada que vacía cada parte de nuestro ser. Donde sueños e ilusiones e incluso aquella palabra llamada ‘esperanza’ nos invitan a sobrevivir, pero ya no tienen lugar. Aquella nostalgia que sobra del amor hiere y entumece cada fibra de nuestro ser hasta que nuestro bienamado tiempo cura aquellas cicatrices de forma parcial.

Sin embargo, como dice Khalil Gibran: “Pero si en vuestro temor sólo buscáis la paz del amor y el placer del amor, entonces más vale que cubráis vuestra desnudez y
salgáis de la era del amor”

He dicho.

JORGELINA RIVERA