domingo, 14 de fevereiro de 2010

Avestruz, a metáfora do seu medo.

“Embora seja umas das maiores aves do mundo, “A” avestruz, incapaz de voar, enfia a cabeça no primeiro buraco que encontra á sua frente quando sente medo. Ela não sabe das pernas longas que tem, do seu poder de maratona? Para uma ave, seria a saída perfeita, correr, penaS (?), não tenho! Sou eva, não ave!

Eu, sou claustrofóbica. Sim, sou! Não,não consultei um psiquiatra,não fui diagnosticada,mas sou! O meu medo mora onde a avestruz se esconde, percebem?
Como agir , já que não há esconderijo seguro pra mim?
Meu buraco tem de ser acima, campo aberto, ar, luz...
Tentar expulsar o medo, nem!Trato-o como um inquilino, sou sua Senhoria, cobro o aluguel. Dou-lhe a importância necessária, sem o subestimar. Uso o medo,assim como ele usa a mim , sou tão ou mais esperta que ele? No fundo somos um só sujeito cheinho de medos!
O medo do medo é não provocar medo, sério!
Ele ri de mim , eu rio dele quando sentimos o mesmo vácuo "nu" estômago, as batidas descompassadas de nossos corações, traquinas, crianças !

Oração inventiva, dá certo, tente, experimente!

Sr. Medo, meu centro não é minha minha mente, nem meus sentimentos, nem minhas emoções, é, e em verdade te digo, meu centro é essência , é a minha alma imortal, testemunha de tudo que ocorre dentro e fora de mim. O que me provoca mais medo é a mulher AVEstruz que me habita . Eva e César, não você, AMÉM!”

08/02/2010.
11:00 AM. ( + ou -).

SR. ANTÔNIO (ascensorista de um prédio no centro da minha cidade)
IDADE: Nunca perguntei, mas pelas rugas, branco total dos cabelos, corpo encurvado, calculo mais de 70, senão 80. Nunca o vi em pé, sempre sentado no banquinho.

ELENA: Bom dia Sr.Antônio, como foi o final de semana?
SR ANTÔNIO: Foi bom minha querida, tomei umas e outras, meu filho fez um churrasquinho. E o seu?
ELENA: Também Sr. Antônio,sem churrasco, mas foi bom.
SR.ANTÔNIO: 18º mocinha?
ELENA: sempre né? (risos).
SR. ANTÔNIO: (sorrizinho galante).

Monstro da minha palha, um dos (cocoricó) .

Ele sabe do medo que tenho de elevador, contei num dia impossível de deixar pra lá. Se preciso for, ele vai segurar minha mão (compaixão), sei disso. Ele me consola, e eu consolo a solidão cheia de gente da caixa dele.
Sigamos Sr. Antônio...rumo? Depois do limite imposto pelo concreto...o céu, ponto final, aberto!

Beijo, Sr Antônio, esse foi procê.


MARIA MAFRA

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